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Aos poucos, o segmento imobiliário começa a dar indícios de recuperação em todo país. De acordo com dados divulgados pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), o setor fechou o ano de 2018 com alta de 19,2% em vendas, em comparação com 2017. A retomada teve continuidade no primeiro trimestre de 2019, intervalo em que foram registrados aumentos de 9,7% nas vendas e 4,2% na quantidade de lançamentos, em relação ao mesmo período de 2018 (CBIC). Um dos motivos que ajuda a explicar a recuperação do setor é a redução dos juros nos financiamentos.
“Há um ano, costumávamos assinar contratos com taxas de juros efetiva acima de 10%. Hoje, é uma realidade a disputa dos bancos com taxas abaixo de 8%. Esses 2%, para o cliente final, tornam um empreendimento enquadrado fora do ‘minha casa, minha vida’ muito mais atrativo, já que a taxa mínima do SBPE (Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo) se equipara à taxa máxima do programa habitacional”, afirma o diretor da ATR Incorporadora, Rafael Rosa.
A queda na taxa de juros, conta Rosa, representou um aumento de vendas para a empresa com relação ao ano passado, em especial no edifício Urban7. “Essa mudança fez com que as unidades do empreendimento tivessem os preços reajustados antes da finalização da obra por conta da rápida adesão de um novo público”, observa. A retomada do setor imobiliário convergiu com o novo posicionamento da marca nos últimos anos, já que a ATR migrou para um novo segmento de mercado: apartamentos com alto padrão de acabamento, porém com dimensões compactas e economicamente acessíveis aos clientes.
Para o diretor da empresa, a consolidação desse cenário para o segundo semestre de 2019, auxiliada pela baixa quantidade de imóveis disponíveis, deve aquecer ainda mais o mercado na Região Metropolitana de Curitiba, especialmente os empreendimentos standard e de médio padrão. Dados da Associação dos Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário no Estado do Paraná (ADEMI-PR) vão na mesma direção de Rosa: o estoque da capital paranaense, atualmente, é o mais baixo dos últimos nove anos, um número 24% menor do que em 2018. Um cenário que, por conta das condições atuais, pode favorecer os clientes que buscam pelo primeiro imóvel e também investidores no ramo.
