Para aquelas pessoas que buscavam o sonho de comprar a casa própria, o programa “Minha Casa Minha Vida” era a melhor das opções dentre as disponíveis até pouco tempo atrás no mercado. Com taxas de juros imbatíveis e condições mais do que especiais, a iniciativa do Governo Federal ainda oferece opções atrativas para o financiamento de moradias, mas já não é uma das únicas opções a se considerar.
Entenda como realmente estão as taxas de juros para financiamento imobiliário , clicando aqui.
Taxa Selic e as mudanças atuais
Com a diminuição das taxas de financiamento de imóveis por parte dos bancos no segundo semestre de 2019, a situação mudou de patamar, já que com a queda da Selic a 4,5% ao ano, anunciada no dia 11 de dezembro, por exemplo, fez com que a Caixa Econômica baixasse a taxa mínima para imóveis residenciais para 6,50% ao ano mais TR.
O Banco do Brasil também seguiu com uma nova uma nova linha de crédito, atualizada pela inflação, que gira a partir de 3,45% mais o IPCA. Assim, se afiliar ao programa “MCMV” pode já não ser a melhor alternativa, dependendo claro, de alguns fatores que falaremos melhor a seguir.
Descubra como a Taxa Selic influencia na compra de imóveis, clicando aqui.
O que é importante saber agora sobre o Minha Casa Minha Vida?
Caso você tenha começado a procura por financiamentos agora, vale conferir agora os 3 erros que você não deve cometer ao comprar o primeiro apartamento.
O Programa do Governo Federal lançado em 2009, oferece condições atrativas para o financiamento da casa própria para famílias de baixa renda, ele já sofreu alterações desde a criação, mas atualmente contempla quatro faixas de renda:
1) FAIXA 1
Famílias com renda de até R$ 1.800,00 – A Caixa oferece um financiamento de até 120 meses, com prestações mensais que variam de R$ 80,00 a R$ 270,00, conforme a renda bruta familiar.
2) FAIXA 1,5
Famílias com renda de até R$ 2.600,00: famílias nesta faixa podem adquirir um imóvel com taxas de juros de 5% ao ano e até 360 meses para pagar. Os subsídios podem chegar a até R$ 47,5 mil.
3) FAIXA 2
Famílias com renda de até R$ 4.000,00: nesta faixa, o valor máximo do subsídio é de R$ 29 mil e o financiamento pode ser parcelado em até 30 anos. As taxas variam entre 5,5% e 7%.
4) FAIXA 3
Famílias com renda de até R$ 7.000,00: Para famílias com renda bruta até este valor, as taxas podem variar de 8,16% a 9,16% ao ano e não há subsídio.
Leia ainda: Conheça os principais tipos de financiamento para comprar seu imóvel.
Como estão as taxas nos principais bancos do país
Agora que fizemos uma breve introdução sobre o Minha Casa Minha Vida com os valores atualizados (dez/2019), vamos falar agora das taxas que os bancos estão trabalhando.
Ante de tudo, vamos dar uma dica de especialistas: sempre fique de olho na taxa Selic já que é ela que regula as outras taxas do país. Então confira sempre o próprio site do Banco Central do Brasil para se manter atualizado.
Abaixo, observe o comparativo de juros para financiamento de imóveis entre os principais bancos do país. (atualizado em dezembro 2019)
Banco
|
Taxa
|
Limite do financiamento
|
Caixa (modalidades tradicionais)
|
a partir de 6,5% ao ano + TR
|
até 80% do valor para imóveis novos e 70% do valor para usados
|
Caixa (nova modalidade que acompanha a inflação)
|
a partir de 2,95% + IPCA
|
até 80% do valor o imóvel
|
Banco do Brasil
|
a partir de 7,4% ao ano + TR
|
até 80% do valor do imóvel novo ou usado
|
Banco do Brasil (linha nova, atualizada pela inflação)
|
a partir de 3,45% + IPCA
|
até 80% do valor o imóvel (para clientes private e estilo)
|
Itaú Unibanco
|
a partir de 7,45% ao ano + TR
|
até 82% do valor do imóvel (tanto para novos como usados)
|
Bradesco
|
a partir de 7,30% ao ano + TR
|
até 80% do valor do imóvel novo ou usado
|
Santander
|
a partir de 7,99% ao ano + TR
|
Até 80% do valor do imóvel (tanto para novos como usados)
|
Analisando a tabela e comparando com as taxas do “Minha Casa Minha Vida” fica fácil notar que o programa pode não ser a melhor das opções no momento. Principalmente para quem se enquadra entre as faixas 2 e 3, que possuem taxa de juros maiores dos que as trabalhadas pelos bancos, além de não precisarem seguir com a quantidade de renda exigida para usar o programa.
Lembrando que as novas taxas anunciadas pela Caixa valem tanto para imóveis residenciais enquadrados no Sistema Financeiro da Habitação (SFH), para imóveis de até R$ 1,5 milhão e que permite ao comprador usar o saldo das contas do FGTS, quanto no Sistema Financeiro Imobiliários (SFI) ou carta hipotecária, que costumam ser direcionadas para imóveis mais caros e solicitadas por compradores que não conseguem se enquadrar nas regras do SFH e utilizar recursos do FGTS.
Portabilidade do Crédito Imobiliário: O que você precisa saber
Além de facilitar o financiamento da casa própria, a redução das taxas de juros dos bancos também torna mais atraente a portabilidade do crédito imobiliário, uma vez que o consumidor pode melhorar as condições do empréstimo e até mesmo reduzir o valor das parcelas do seu financiamento.
A portabilidade de financiamento imobiliário nada mais é do que a transferência da sua dívida de um banco para outro. Mas não se esqueça que analisar a taxa de juros é importante, porém não é o único fator que precisa ser considerado: os seguros obrigatórios, o sistema de amortização utilizado (SAC ou Tabela Price), além do pacote de serviços exigidos pelo banco para garantir a taxa ofertada, também precisam ser estudados e levados em consideração.
Assista o vídeo abaixo para saber mais: